sábado, 26 de abril de 2008

O Gigante e a Anãzinha


Um.

Nasceu como uma junção de forças para o bem de uma pessoa amada em comum. Dessa missão surgiu uma dupla de "bad boys", com muitas e muitas estratégias de ataque... Como eu ria com isso tudo, gigante...
Paralelamente, havia a preocupação. Comigo, com você, com ela, com tudo. Esse sentimento aumentava a cada dia proporcionalmente ao amor que crescia entre a gente. Um amor muito puro de irmão, de amigo, de anjos da guarda. Vieram as conversas sobre os medos, as broncas pelas merdas que eu e você fazíamos e a cada coisa que acontecia os papéis eram trocados... A anãzinha aqui provou que tamanho não é documento e sempre conseguia te transformar em um menino ouvindo o esporro de quem te quer bem, mesmo que tivesse que subir em um banquinho pra enfiar o dedo na sua cara e dizer tudo que eu penso! Sempre foi pro seu bem, você sabia e acolhia cada palavra como um estranho gesto de carinho.

Dois.

A plenitude da amizade. Todo dia era uma delícia ver você chegando e, mesmo de tão longe, mostrando pelas suas PEQUENAS LETRAS o quanto era gigante. Esse tamanhão todo não só de altura, de músculo, de voz. Era de coração. Um jeito meio ogro de demonstrar isso às vezes (principalmente quando dizia que ia casar comigo e com a nossa red, mas que eu era muito assanhada e ia ficar trancada numa adega pra parar de fazer merda por aí), mas eu adorava. Adorava mesmo! As melhores conversas tolas, as melhores risadas intermináveis, a sensação mais gostosa do mundo de sentir que eu tinha o ogro mais lindo do mundo na minha vida. Cunhado, "marido", AMIGO. Pra ninguém botar defeito. Até porque se botassem defeito na gente, nós metíamos a porrada, né? Dois nervosinhos de carteirinha!

Três.

O medo constante de te perder por essa merda de vida perigosa... A cada viagem meu coração ia na boca e torcia pra você voltar logo e invadir meu msn com letras GARRAFAIS perguntando se eu tinha aprontado muito na sua ausência... Pouco antes de você ir, um susto. Naquele dia eu quase surtei por saber que você tinha se machucado, e mesmo que tenha sido de raspão eu "desci a lenha" em você. Falei tanto até conseguir a promessa de que você procuraria uma vida menos perigosa, cuidaria desse stress, desse machucado, dessa vida... Eu lembro, a última coisa que li de você foi alguma variação de "Eu te amo, baixinha"...

Eu também te amo, gigante! Muito, MUITO...

Cuida da gente daí de cima, puxa o pé de quem você achar que tá fodendo nossa vida como você faria. Vou continuar aqui conversando com você de alguma forma e esperando te encontrar na próxima vida. Como você diz, por você eu mato, faço tudo, porque amizade assim não se encontra em qualquer buraco aí. E cuidar dessa dor que não passa principalmente por não ter podido te dar um abraço...

1 comentário:

Otta Cris disse...

Como ele te amava!
Ficávamos conversando sobre vc por horas e ele se divertindo, atentando vc.
Isso tudo vai fazer muita falta.
Sei q ele estará conosco sempre, mas não poder tocar, é cruel demais.